Caros leitores,
em outra postagem, comentei sobre situações em que não ocorre o fenômeno da crase. Hoje vou falar sobre a existência de crase, com exemplos, para tentar simplificar um pouco a questão. Afinal, é como diz o poeta Ferreira Gullar, “A crase não foi feita para humilhar ninguém”.
Relembrando: ocorre crase quando acontece o encontro da preposição “a” com outro “a”, que pode ser um artigo ou um pronome demonstrativo.
Uma sugestão: dividam a frase no ponto duvidoso e pensem:
1º O termo anterior pede a preposição “a”?
2º O que vem depois admite o artigo “a”?
Se a resposta for
sim para as duas perguntas, haverá crase.
Exemplo: vou
a festa ou vou
à festa?
Vou
a /
a festa. Então, dizemos "vou
à festa".
Obs: é uma festa determinada, por isso admite o artigo definido "a". Mas e se a frase fosse "Vou
a festas"? A divisão ficaria assim: "Vou
a / festas". São festas de um modo geral, então não existe o "a" (artigo) para se encontrar com o outro "a" (preposição), percebem? Conclusão: sem encontro, sem crase.
Outra dica: experimentem trocar a palavra feminina por uma masculina. Se aparecer “ao” antes dessa palavra masculina, existe crase na frase original.
Exemplo:
Vou
ao cinema. (Vou
à festa).
Por hoje, é só.
Abraços!