17 de jan. de 2012

Morre um poeta

A Literatura Brasileira está mais pobre. Faleceu, ontem, o escritor e poeta mineiro Bartolomeu Campos de Queirós. Autor de mais de 40 livros, mestre e crítico de arte, recebeu inúmeros prêmios, entre eles o Jabuti, maior condecoração literária do país.

Iniciou sua trajetória com O Peixe e o Pássaro em 1974 e se dedicou principalmente à literatura infantojuvenil. Seu trabalho mais recente, lançado no ano passado, é o autobiográfico "Vermelho Amargo".

Tive a oportunidade de conhecer Bartolomeu Queirós e conviver um pouco com ele, há muitos anos, quando foi presidente da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte. Homem inteligente, muito sério, mas de grande sensibilidade. Quero contar aqui um episódio ocorrido naquela época.

Era só mais um dia comum de trabalho, quando o professor Bartolomeu, lá do gabinete, ficou sabendo de um tumulto na Av. Afonso Pena, envolvendo os seguranças da Fundação. O motivo? Tentavam retirar alguns meninos, moradores de rua, de dentro do espelho d'água (ou "laguinho", como era mais conhecido), em frente ao Palácio das Artes. Segundo relatos, o então presidente chamou os seguranças e, para surpresa de todos, disse: “Vocês têm chuveiro em casa, não têm?... Pois é, essas crianças não. Então, deixem que elas tomem banho e brinquem em paz!...” Alguns funcionários ficaram perplexos; outros, comovidos e muitos não entenderam nada. Mas o fato é que aqueles meninos, naquela tarde, deixaram de ser “pivetes” ou “pequenos infratores” para serem apenas “crianças”...

Caros leitores, convido todos vocês a assistirem ao vídeo a seguir, com trechos de uma entrevista de Bartolomeu Campos de Queirós. A ele, a nossa homenagem!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita. Para deixar um comentário, escreva o texto no espaço abaixo. Depois, no campo "Comentar como", selecione a opção "Nome/URL", caso queira deixar seu nome e/ou endereço do seu site. Ou, se preferir, escolha “Anônimo”. Agora clique em “Postar comentário” e pronto!