Segundo a notícia, tudo começou em 2009, quando o MPF em Uberlândia recebeu a representação de um cidadão de origem cigana questionando “a prática de discriminação e preconceito pelos dicionários” contra sua etnia.
Assim como Monteiro Lobato chegou a ser acusado de “racista e perverso” por causa do conteúdo do livro Caçadas de Pedrinho, agora é a vez do Houaiss ir para o banco dos réus.
Na avaliação de Milton Nascimento (não o cantor), professor de linguística da PUC Minas, não é possível criticar um termo a partir de sua definição nos dicionários, uma vez que são opções apresentadas e que podem ser utilizadas de forma variada. “Argumentar contra um item dicionarizado é uma estupidez, já que são registrados usos variados e possíveis para cada termo. A palavra não tem nenhum significado fora de um contexto, ela depende de outros fatores. Os dicionários registram referências já existentes e usadas anteriormente”, explica.
Caros leitores, concordo com o professor Milton e vejo essa questão como mais uma polêmica desnecessária, entre tantas surgidas na língua portuguesa.
Cliquem em http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/02/27/mpf-quer-tirar-de-circulacao-o-dicionario-houaiss.htm e saibam mais sobre o assunto.
Até a próxima!
Realmente há mais questões para gerarem polêmica na língua portuguesa; mas esse não é o caso, como você mesma afirma, Lili.
ResponderExcluirNesse caso, trata-se de um uso consagrado e, por mais que seja pejorativo, o significado da palavra deve constar sim do dicionário. Mas se os ciganos se sentem ofendidos com essa denotação da palavra, aí já é outra história. Não é verdade que os dicionários devem registrar as palavras e os significados que os falante de uma língua usam?
Além do mais, é bom lembrar que por mais que certos sentidos das palavras sejam retirados do dicionáio, isso não significará a extinção do teor pejorativo e até preconceituoso que alguns nomes comportam.
Pois é, Misael. Entendo que no dicionário devem constar todos os significados possíveis de uma palavra e não apenas os desejáveis, não é mesmo? Abraços!
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