2 de mai. de 2010

Dad trocando em miúdos: o vocativo

Caros leitores, vocês já tiveram dúvidas na hora de usar a vírgula? Vejam o que a professora Dad Squarisi diz sobre uma das situações em que ela é obrigatória.
Brasília completou 50 anos. (...) Os jornais imprimiram revistas ou cadernos alusivos à data. Outdoors tomaram conta da cidade.

"Parabéns Brasília", diz um deles. Bobeou. O redator da mensagem se esqueceu de pormenor pra lá de importante. Brasília é o vocativo. Elitista, ele não se mistura aos demais termos da oração nem a pedido dos deuses do Olimpo: Parabéns, Brasília. Brasília, parabéns. Bem-vindo, Paulo. Paulo, bem-vindo. Seja bem-vindo, Paulo.

Muitos confundem o vocativo com o sujeito. Por isso deixam a vírgula pra lá. Pra acertar sempre, lembre-se de dica superútil. O vocativo pode ser antecedido de ó. O sujeito não: Parabéns, ó Brasília. Ó Brasília, parabéns.

Em "Brasília é a capital do Brasil", Brasília é o sujeito. Escrever "Ó Brasília é a capital do Brasil"? Nem pensar. Não tem sentido. Xô!
Abraços!

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